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quarta-feira, abril 14


Abaixo um artigo para debates:

MINIMALISMO OU INOVAÇÃO ?
Muito se tem falado ultimamente de um revival minimalista.“Menos é mais”, uma aparente simplificação de soluções formais, que à primeira vista, dariam uma enxugada nos “exageros” dos chamados pós –modernistas, mais de quarenta anos depois de Venturi afirmar que “Less is Bore”. Até onde podemos dizer que realmente há esse retorno à retórica de Mies, ou na verdade, há uma superação da transição entre a chamada arquitetura internacionalista e o “pós –moderno?” Aonde colocaríamos nesse contexto a visível contemporaneidade das obras recentes de Niemeyer, que com um lirismo formal próprio atravessou essas décadas com coerência e retidão, apesar de constantes polêmicas e críticas? Será que o pensar moderno se esgota em simples termos lingüísticos e redutores, ou precisaríamos de mais profundidade para questiona-lo?
Se lembrarmos Wright, e sua chamada “organicidade”, veremos que apesar de não se encaixar em nenhum conceito de planejamento e racionalização, pois orgânico seria o oposto de planejamento e racionalismo, suas obras permanecem estáveis culturalmente e icônicas acima de tudo, formando signos nessa costura de conceitos formais que aparentemente se caotizam nos dias de hoje.
Existe muita confusão entre método e projeto. Gropius sempre foi um metódico em suas experiências didáticas e processuais em projeto, e nunca deixou que a metodologia por ele adotada influísse em soluções formais ou tolhessem a criatividade no projeto final. A racionalização, tão enfatizada por muitos, não deve ser um item formal na solução projetual, e sim na metodologia, quando muito.
Há também a questão da imposição de materiais, muitas vezes ditada pelas conjunturas econômicas e mercadológicas, que são facilmente digeridas pelo público consumidor de arquitetura (leia-se cliente), resultando em pressão terrível principalmente para os arquitetos mais jovens, ainda carentes de um repertório particularmente utilizado.
São muitas as questões e pouca a discussão precisa e cotidiana para entender o processo de transformação arquitetônica e urbana, que são bem mais rápidos e dinâmicos que a crítica e a observação.A experimentação deve ser o campo da pesquisa formal em arquitetura e deve permitir aos jovens arquitetos o uso de soluções criativas e plasticamente inovadoras, sob o risco de recairmos a uma redução gratuita e esteticamente desinteressante.
As arquiteturas contemporâneas estão cheias de exemplos ricos e diferenciadas indicando algumas tendências, como o grupo Nox, Zaha Hadid, Foster, Calatrava, etc. que devem servir como novos parâmetros de discussão teórica e conceitual, a fim de buscarmos uma nova linha de entendimento que hoje é tênue e simplista demais.

Cesar Esteves
Abaixo um artigo para debates:

MINIMALISMO OU INOVAÇÃO ?
Muito se tem falado ultimamente de um revival minimalista.“Menos é mais”, uma aparente simplificação de soluções formais, que à primeira vista, dariam uma enxugada nos “exageros” dos chamados pós –modernistas, mais de quarenta anos depois de Venturi afirmar que “Less is Bore”. Até onde podemos dizer que realmente há esse retorno à retórica de Mies, ou na verdade, há uma superação da transição entre a chamada arquitetura internacionalista e o “pós –moderno?” Aonde colocaríamos nesse contexto a visível contemporaneidade das obras recentes de Niemeyer, que com um lirismo formal próprio atravessou essas décadas com coerência e retidão, apesar de constantes polêmicas e críticas? Será que o pensar moderno se esgota em simples termos lingüísticos e redutores, ou precisaríamos de mais profundidade para questiona-lo?
Se lembrarmos Wright, e sua chamada “organicidade”, veremos que apesar de não se encaixar em nenhum conceito de planejamento e racionalização, pois orgânico seria o oposto de planejamento e racionalismo, suas obras permanecem estáveis culturalmente e icônicas acima de tudo, formando signos nessa costura de conceitos formais que aparentemente se caotizam nos dias de hoje.
Existe muita confusão entre método e projeto. Gropius sempre foi um metódico em suas experiências didáticas e processuais em projeto, e nunca deixou que a metodologia por ele adotada influísse em soluções formais ou tolhessem a criatividade no projeto final. A racionalização, tão enfatizada por muitos, não deve ser um item formal na solução projetual, e sim na metodologia, quando muito.
Há também a questão da imposição de materiais, muitas vezes ditada pelas conjunturas econômicas e mercadológicas, que são facilmente digeridas pelo público consumidor de arquitetura (leia-se cliente), resultando em pressão terrível principalmente para os arquitetos mais jovens, ainda carentes de um repertório particularmente utilizado.
São muitas as questões e pouca a discussão precisa e cotidiana para entender o processo de transformação arquitetônica e urbana, que são bem mais rápidos e dinâmicos que a crítica e a observação.A experimentação deve ser o campo da pesquisa formal em arquitetura e deve permitir aos jovens arquitetos o uso de soluções criativas e plasticamente inovadoras, sob o risco de recairmos a uma redução gratuita e esteticamente desinteressante.
As arquiteturas contemporâneas estão cheias de exemplos ricos e diferenciadas indicando algumas tendências, como o grupo Nox, Zaha Hadid, Foster, Calatrava, etc. que devem servir como novos parâmetros de discussão teórica e conceitual, a fim de buscarmos uma nova linha de entendimento que hoje é tênue e simplista demais.

Cesar Esteves
Olá ! Sejam bem vindos a um lugar de discussão sobre os temas da arquitetura e urbanismo.Participe

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