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quarta-feira, novembro 9



Tópicos Especiais I-
12ªaula - Arquitetura Neoclássica
Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo), que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão.Principais características:* retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;* academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;* arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.
Tanto nas construções civis quanto nas religiosas, a arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura são a igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta do Brandemburgo, em Berlim.
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.Características da pintura:* Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante.* Exatidão nos contornos* Harmonia do colorido.



Tópicos Especiais I
11ª aula - O Barroco Brasileiro
O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda no início do século XIX. O barroco brasileiro é claramente associado à religião católica. Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração, encontramos igrejas com trabalhos em relevos feitos em madeira - as talhas - recobertas por finas camadas de ouro, com janelas, cornijas e portas decoradas com detalhados trabalhos de escultura. Já nas regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, as igrejas apresentam talhas modestas e os trabalhos foram realizados por artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões mais ricas.
O ponto culminante da integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida a partir dos trabalhos de:
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho - seu projeto para a igreja de São Francisco, em Ouro Preto, por exemplo, bem como a sua realização, expressam uma obra de arte plena e perfeita. Desde a portada, com um belíssimo trabalho de medalhões, anjos e fitas esculpidos em pedra-sabão, o visitante já tem certeza de que está diante de um artista completo. Além de extraordinário arquiteto e decorador de igrejas foi também incomparável escultor. O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, é constituído por uma igreja em cujo adro estão as esculturas em pedra-sabão de doze profetas, cada um desses personagens numa posição diferente e executa gestos que se coordenam. Com isso, ele conseguiu um resultado muito interessante, pois torna muito forte para o observador a sugestão de que as figuras de pedra estão se movimentando.
Características da escultura de Aleijadinho:
* Olhos espaçados * Nariz reto e alongado * Lábios entreabertos * Queixo pontiagudo
* Pescoço alongado em forma de V
Manuel da Costa Ataíde - suas pinturas em tetos das igrejas seguiam as características do estilo barroco, e aliavam-se perfeitamente às esculturas e arquitetura de Aleijadinho. Obra Destacada: Pintura do Teto da Igreja de São Francisco de Assis.
O Mestre Ataíde pintou várias igrejas de Minas Gerais com um estilo próprio e bem brasileiro. Usava cores vivas e alegres e gostava muito do azul. Ataíde utilizava tanto a tinta a óleo (que era importada da Europa) como a têmpera. Os pintores da época nem sempre podiam importar suas tintas. Faziam então suas próprias cores com pigmentos e solventes naturais aqui da terra. Entre outros, usavam terra queimada, leite e óleo de baleia, clara de ovo, além de extratos de plantas e flores. E é claro criavam suas próprias receitas que eram mantidas em segredo. Talvez por isso é que se diz que não existe, no mundo inteiro, um colorido como o das cidades mineiras da época do barroco.

terça-feira, novembro 8

Igreja de Il Gesú - Vignola y Giacomo della PortaRoma - século XVI

Tópicos Especiais I
10ª aula - Arquitetura Barroca
Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) é o período da arte que vai de 1600 a 1780 e se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação. É o estilo da grandiloquência e do exagero. Essas carecterísticas todas podem ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista.
O absolutismo monárquico e a Igreja da Contra-Reforma utilizaram o barroco como manifestação de grandeza. Nascido em Roma a partir das formas do cinquecento renascentista, logo se diversificou em vários estilos paralelos, à medida que cada país europeu o adotava e o adaptava à sua própria idiossincrasia. Nações protestantes como a Inglaterra, por exemplo, criaram uma versão mais moderada do estilo, com edifícios de fachadas bem menos carregadas que as italianas.
Um dos traços fundamentais desse vasto período é que durante seu apogeu as artes plásticas conseguiram uma integração total. A arquitetura, monumental, com exuberantes fachadas de mármore e ornatos de gesso, ou as obras de Borromini, caracterizadas pela projeção tridimensional de planos côncavos e convexos, serviram de palco ideal para as pinturas apoteóticas das abóbadas e as dramáticas esculturas de mármore branco que decoravam os interiores.
Na arquitetura barroca, os conceitos de volume e simetria vigentes no renascimento são substituídos pelo dinamismo e pela teatralidade. O produto desse novo modo de desenhar os espaços é uma edificação de proporções ciclópicas, em que mais do que a exatidão da geometria prevalece a superposição de planos e volumes, um recurso que tende a produzir diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.
Quanto à arquitetura sacra, as proporções antropomórficas das colunas renascentistas foram duplicadas, para poder percorrer sem interrupções as novas fachadas de pavimento duplo, segundo o modelo da construção de Il Gesú, em Roma, primeira igreja da Contra-Reforma.

A partir de 1630, começam a proliferar as plantas elípticas e ovaladas de dimensões menores. Isso logo se transformaria numa das características arquitetônicas típicas do barroco. São as igrejas de Maderno e Borromini, nas quais as formas arredondadas substituíram as angulosas e as paredes parecem se curvar de dentro para fora e vice-versa, numa sucessão côncava e convexa, dotando o conjunto de um forte dinamismo.
Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em três pavimentos. Em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o Palácio de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres poderosos das cortes de seus país. Seguindo o exemplo do Palácio de Versalhes, são construídas nas diversas cortes europérias palácios faustosos, cercados de jardins imensos, aproximando-se do que logo viria a ser o neoclassicismo
O Escorial, fusão de estilos e arquitetos, é de uma monumentalidade até então sem precedentes na Europa. Na Itália, ao combinar essas proporções com uma profusa ornamentação maneirista, seus artistas definiram o nascimento da arquitetura barroca.

sexta-feira, novembro 4



Tópicos Especiais I
9ª aula - A colonização portuguesa no Brasil
A chegada dos portugueses
A expressão " descobrimento " do Brasil está carregada de eurocentrismo, além de desconsiderar a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da mata Atlântica.O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados além da construção de fortes para a proteção da costa. Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos : povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
O cultivo da cana de açúcar
Com o início da exploração da cana de açúcar no Brasil e o uso de mão de obra escrava , surge a primeira configuração arquitetônica de natureza rural no Brasil Colônia : a casa grande e a senzala . Casa-grande, em seu aspecto material, com características – desde seus começos –, ecologicamente euro-tropicais que, a esses aspectos materiais vem juntando funções mistas, materiais e trans-materiais, como a aculturativa, a educativa, a militar, a de quase fortaleza, a religiosa, a econômica – a de bando, principalmente –, a assistencial e, quando completada por senzala e por capela, reforçada em algumas dessas suas funções, pela simbioticamente [função] social de servir de abrigo a duas etnias e suas respectivas culturas, uma das quais, principalmente civilizadora, e a outra, principalmente primitiva, com os dois extremos passando a desempenhos de reciprocidade – tanto étnica, como cultural –, realizados dentro do próprio conjunto ou complexo arquitetônico; como em sistemas sociológicos, uma reciprocidade entre elementos mais dominadores e elementos mais dominados, embora tal relacionamento, nem sempre, podendo ser considerado absoluto, mas com freqüentes tendências a relativo. Portanto, a reciprocidade. Foi ao que atendeu o complexo arquitetônico casa-grande e senzala: ao fato de o Brasil ter surgido de uma herança européia a defrontar-se com uma ecologia não européia e com culturas não européias.Da casa-grande, tão somente casa-grande, pode-se sugerir que constitui, vista retrospectivamente, um clássico arquitetônico à sua maneira um tanto rústica. Maneira mais funcional que estruturalmente estética de construção útil e ecologicamente brasileira. Útil no seu modo de ter aparecido como solução funcional a uma exigência da primeira fase da formação de um país – o Brasil – como civilização de origem principalmente européia, servida por contribuições de culturas primitivas e não européias – a indígena e a afro-negra – em espaço agrestemente tropical.
As primeiras cidades
Apesar da economia do Brasil-Colônia ter se baseado principalmente na exportação de produtos rurais, a colonização do País foi, em grande parte, um empreendimento urbano. O ponto de partida para a ocupação territorial foi sem dúvida, o núcleo urbano. As cidades no Brasil, além de serem parte integrante da estratégia portuguesa de colonização, serviram de bases comerciais e sedes do poder administrativo. As primeiras cidades brasileiras foram fundadas junto ao mar - Rio de Janeiro e Salvador são exemplos de urbanização portuguesa no mundo colonial. No final do século XVIII, as cidades brasileiras evoluíram rapidamente. O Rio de Janeiro era a sede da Colônia desde 1763, já possuía 50 mil habitantes e era por onde se exportava a produção das minas de ouro. Salvador, antiga capital contava com 45 mil habitantes. Outras cidades bem populosas na época eram Recife, com 30 mil habitantes, São Luís com 22 mil e São Paulo, com 15 mil habitantes. Na Região das Minas, surgiram mais cidades graças à mineração, como Mariana, Vila Rica, Sabará e São João del Rei. As cidades criadas com as riquezas trazidas pelo ouro foram sendo abandonadas quando as minas se esgotaram. Não houve na época, outra atividade econômica que desse continuidade ao progresso e à modernização dessa região.
O ciclo do ouro
Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas ( Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás ) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil :Aleijadinho.Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera.Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida para o Rio de Janeiro.

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